Maria do Doce é como chamam Maria José Ferreira, doceira do PA Veneza, município de Aparecida, a 488 km de João Pessoa.
Maria do Doce mora na agrovila com o esposo, Jorge, e um casal de filhos, a filha mais velha cursa o Ensino Médio no IFPB.
“O que falta é um incentivo.” diz Maria do Doce, enquanto vai contando sua saga de mulher agricultora que “brocou” e limpou o campo onde está situado o plantio de goiabas. Jorge trabalhando de pedreiro e Maria do Doce em sua jornada de sertaneja.

A maior parte da renda familiar é a venda de doces. O casal fala da dificuldade de colocar se produto nos supermercados, pois, a regulamentação passa por vários entraves, entre eles, o investimento em infraestrutura e capital. E por que não acessar os recursos através das políticas públicas?
Antes de responder a questão Maria do Doce nos faz uma verdadeira análise de conjuntura, com bastante coerência e lucidez. E, para resumir, mostra certo ceticismo em relação às “articulações” - como ela mesma define – para “enquadrar” seu produto dentro de alguns critérios, como associativismo, por exemplo.
E Maria do Doce faz suas observações com muita propriedade: “Sou do movimento há tempos. Sou do SINTRAF de Aparecida, participo de vários encontros e sei de uma coisa: se a gente não falar, ninguém vê a gente”.
Maria do Doce falou e disse como dizemos por estas bandas.
Fonte: Blog A Voz da Terra
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