O governo do estado de Sergipe, através da Secretaria de Inclusão Social (SEIDS), constituiu um grupo para debater a questão do abastecimento de água no estado. A Articulação no Semi-Árido Sergipano (ASA Sergipe) é a única entidade da sociedade civil que integra essa equipe, a convite do governo estadual.
O objetivo é contribuir com as ações previstas no Plano Brasil sem Miséria, do governo federal, relacionadas ao tema da água. Para desenvolver as atividades, o governo estadual criou o plano “Sergipe sem Miséria”.
O grupo é composto pelas seguintes organizações: Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Companhia de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) e ASA Sergipe.
As reuniões estão acontecendo desde o dia 9 de agosto, todas as terças-feiras, na SEIDS. A pauta inicial objetivou a apresentação das ações desenvolvidas por cada órgão, incluindo a ASA, que na oportunidade informou a falta de água no Assentamento Serra do Rio Real, que fica no município de Tomar de Geru. Geograficamente, o município não faz parte do Semiárido brasileiro e, por esse motivo, não pode ser atendido pelo Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), da ASA.
"O nosso papel enquanto articulação é fazer mobilização, trabalho de base para que as comunidades tenham entendimento dos seus direitos e possam cobrar políticas públicas adequadas", destaca Maria José, coordenadora da ASA Sergipe.
A Articulação recebeu a demanda do assentamento durante uma reunião realizada no dia 4 de agosto, na própria comunidade. A mobilização foi feita pelo presidente da associação municipal, Edivaldo Silva Santos. “Foi uma grande alegria ter conhecido a ASA, pois, através dela, tenho certeza que a sede da minha comunidade vai acabar”, disse o agricultor na ocasião.
Além da ASA estiveram presentes na reunião representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Sergipe, famílias assentadas e autoridades municipais. Após um construtivo dialogo foi gerado um documento assinado pela comunidade solicitando ao governo a construção de 50 cisternas para consumo humano.
O documento foi socializado e as suas reivindicações reafirmadas pela ASA junto ao governo do estado que, no dia 23 de agosto, decidiu que a Cohidro atenderia ao pedido das famílias do assentamento.
“Vamos nos unir para que nenhuma pessoa mais passe sede", afirma Elis Gardênia, da coordenação da ASA Sergipe, afirmando que o diálogo que a ASA está mantendo com o governo é de fundamental importância.
A próxima reunião do plano acontece nesta terça-feira, 30, e vai tratar do tema Cisternas nas Escolas. A ASA novamente participará do debate com o intuito de socializar sua experiência sobre o tema, objetivando uma melhor convivência com o Semiárido.
Aparecida Amado - comunicadora popular da ASA
Aracaju - SE
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